Manter aberto cada poro no meu corpo, estar atenta as batidas do coração e as pulsações em cada membro, e saber, antes do nome, sentir cada um deles.
( e saber antes do nome, sentir)
Sentir mais que os sentidos, sentir o contato dos órgãos uns com os outros e descobrir a vida que sou.
Saber que tudo ao meu redor é dois, por que está fora e dentro ao mesmo tempo e de formas diferentes, e que ocorre variações na melhor forma de enxergar.
Desafiar cotidianamente o medo enraizado, pelo crescimento e pela adrenalina que me faz ter brilho nos olhos.
E que cada ação por mim cometida é um eco na eternidade.
Viver como quem assiste ao pôr-do-sol, viver como eu assito ao pôr-do-sol. Atentando a todas as nuvens, todas as cores, ao reflexo da grande estrela no mar, aos barcos que passam flutuando no reflexo, e principalmente a mim que estou flutuando no gramado.
Mesmo sabendo que amanhã e depois vai ser tudo a mesma coisa (e que é tudo nada, e que o pôr-do-sol-de-amanhã é uma desculpa de quem não sabe viver).
Estas foram minhas metas pra esse ano que está acabando.Dia 5, quando termina o ano no meu calendário, farei um outro para 2010, quem sabe menos abstrato, ou quem sabe mais.
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2 comentários:
Tudo é dois? ou tudo é um?
Eu acho que os dois.
Quando eu olho o mundo o meu olhar interfere,e é difícil se livrar dessa interferencia, não é?
por isso eu digo que são dois: o mundo por ele mesmo, e o mundo visto por alguém.
Acho que o jeito mais fácil de ser tudo um é fechando os olhos.
(ou não)
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