quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A valsa do futuro

Quando o traço falha eu escrevo (e frequentimente o inverso também). Ou o desenho com alguma intensão literária, ou a prosa com alguma intensão plástica.
Agora eu também tenho a dança, a minha meditação, meu prozac, meu glitter colorido num processo de inalação e exalação que faz o sangue pensar que é um arco-íris, e meu coração o pote de ouro dos duendes que ficam passeando pelas cordas vocais, as vezes eles me fazem cócegas pra me induzir ao canto.
Quando eles aparecem nas minhas janelas indiscretas me fazem cantar com os olhos uma sonata secreta que só conseguem ouvir olhos na minha frequência harmônica, quando alguém ouvir é certo que começará a dançar junto comigo algum tipo de valsa doce que só acabará quando o futuro chegar, na qual temos a sensação de flutuar em um não-lugar cor-de-doceria, mas que traga a calma dum ambiente branco.
Quando o futuro chegar tudo não é mais.